31.7.08

Parabéns as equipes UNB

Por Marco Mendes
Brasília/DF


Dificuldades foram enfrentadas e as equipes da UNB realizaram seus trabalhos. Parabéns a todos os rondonistas da UNB.

26.7.08

A saúde bate à porta

Por Alice Watson
Carinhanha / Bahia

Sumimos estes últimos dias, mas não foi por falta de assunto para colocar aqui, e sim por falta de tempo e de internet. Todos os dias saímos por volta de 7h30 da manhã e voltamos só à noite, exaustos. Estamos visitando alguns povoados da zona rural de Carinhanha e já fomos na casa de 21 famílias carentes - cerca de 120 pessoas - orientando e analisando a saúde da população. Formamos equipes de nutrição, meio ambiente, odontologia e de médicos que avaliam todos em suas casas.

Além das visitas às famílias, também realizamos oficinas de meio ambiente, artesanato, astronomia e filosofia nas escolas de cada povoado. Quando todas as atividades acabam, é a vez do cinema, que encanta os que nunca assistiram a um filme. Agora vamos passar mais um, na Câmara dos Vereadores de Carinhanha. Prometo escrever depois com mais calma, o tempo tá corrido e a internet é muito lenta!

25.7.08

Missão cumprida

Por Marco Mendes
Augusto Corrêa/Pará


Depois de uma jornada exaustiva de 17 dias de trabalho, passamos a nos conhecer melhor e a nos entregar à causa deste projeto. Foram muitas dificuldades, cansaço, saudade de casa e até mesmo uma virose, a qual quase todos os rondonistas foram acometidos. Sem falar nos problemas e emoções individuais, que muitas vezes deixavam o grupo à mercê de um certo estresse. Mas, com certeza, posso dizer que a missão da equipe foi cumprida. A maior gratificação é ver o sorriso das crianças, adultos e idosos, enfim, é sentir que de alguma maneira colaboramos com as comunidades envolvidas nas atividades. É, não posso negar que é uma experiência única vivenciar esses dias de Rondon.

Emagreça bebendo água

Por Andréia Braga
Salgado / Sergipe

Um dos filhos da Dona Nazaré, a senhora responsável pela pousada onde estamos hospedadas, nos deu uma receita caseira que o fez perder nada menos que 17 quilos em um mês. Segundo ele, as taxas de colesterol também normalizaram. O processo de preparo é o seguinte: Pegue um coco vazio, corte a sua casca, tire fatias da parte fibrosa (de cor bege) e coloque em uma jarra com água de um dia para o outro. No dia seguinte, retire as fatias de coco e consuma a água quando quiser.

Resolvi dar uma de cobaia e fazer um teste durante essa segunda semana de operação: eu consegui emagrecer 1,5 quilo, considerando que a nossa alimentação está fora do padrão de Brasília e que temos doces regionais ao alcance de nossas mãos a toda hora. O sabor é bem agradável (dá um gosto de coco, porém muito leve). Mas atenção, pois a bebida é bastante diurética!

24.7.08

Cinema para todo mundo

Por Marcela Heitor
Salgado/Sergipe

Quem mora no interior sofre com a falta de opções de lazer. Mas, durante as duas semanas do Projeto Rondon na cidade de Salgado, essa rotina foi alterada. A equipe realizou cinco sessões de cinema em diferentes pontos do município, exibindo filmes nacionais e internacionais para cerca de 350 pessoas no total.

O público ainda tímido de 20 crianças e idosos da primeira sessão de cinema, no dia da chegada dos rondonistas em Salgado, se transformou em cerca de 100 na última exibição, duas semanas depois do início das atividades. Os telespectadores foram os mais diversos: crianças, jovens, adultos e idosos. Por isso, a grande preocupação dos rondonistas era encontrar um filme adequado para toda a família.

"O melhor do cinema é que a gente pode sair de casa e se divertir com os filmes", conta a salgadense de oito anos Nayra Santos, que foi a duas das cinco sessões realizadas. Os filmes foram exibidos para diferentes públicos, em locais centrais como a Casa do Jovem, o Centro dos Idosos e um colégio do município. Também foi levado a povoados mais distantes como o Quebradas 5, que fica a 15 minutos da cidade, depois de um longo percurso sem asfalto, no meio de uma área rural. O cinema foi montado da forma mais artesanal possível, com um lençol branco servindo de fundo para a projeção do data show.

23.7.08

"Tenho fé que o Brasil pode mudar por causa de pessoas como vocês"

Por Tiêssa Lopes
Brasília de Minas/Minas Gerais

Rondonistas de Brasília de Minas, cadê vocês? Garanto que os blogueiros sentiram nossa falta. De fato, nossa internet não colaborou para que pudéssemos atualizar, mas, felizmente, conseguimos contornar o problema.

Temos trabalhado bastante nos últimos dias. Quinta e sexta-feira passada, aplicamos as oficinas em Fernão Dias (distrito de Brasília de Minas). Sábado, como é dia de feira, propomos a "oficina instantânea". Aferimos pressão arterial, calculamos IMC e realizamos teste de visão daqueles que por lá passavam. A comunidade de Brasília de Minas recebeu informações sobre hipertensão e obesidade.

Como ninguém é de ferro, fomos a festa de Sant'Ana aqui no município e tivemos a oportunidade de experimentar as delícias de Minas Gerais: pão de queijo saindo do forno, bejú (a grande especialidade da festa) e canjica. Infelizmente, fomos impedidos de pular na cama elástica. Que pena!

Para fugir do frio no domingo, visitamos São Francisco, município próximo daqui. Às margens do Velho Chico, almoçamos peixe frito - morram de inveja! Pena que ao final do dia fomos atacados por borrachudos e estamos morrendo de nos coçar.

Segunda-feira, aplicamos as oficinas de Educação Sexual, Mamãe e Bebê e Drogas e Álcool no distrito de Vargem Grande. Lá, recebemos o seguinte torpedo que nos deixou muito felizes:
"Parabenizo vocês pela iniciativa de passar essas coisas pra gente. Tenho fé que o Brasil pode mudar por causa de pessoas como vocês." (anônimo)

Hoje, trabalhamos em Vila de Fátima e amanhã, enfim, finalizaremos as oficinas. Rondon está sendo uma experiência inesquecível e uma "lição de vida e cidadania".

PS: "Familiares, amigos e "banzos", saudades suas!!!"

Para praticar exercícios físicos não tem idade


Por Thaís Malva
Salgado/Sergipe

A equipe do Rondon em Salgado fez uma oficina totalmente voltada para a terceira idade. Ela aconteceu em quatro etapas e tinha como objetivo proporcionar formas de lazer associadas a atividades físicas, resgate de cultura local, trabalho da percepção corporal individual e a interação com o meio ambiente. Outros propósitos foram mostrar e estimular uma melhor qualidade de vida e gerar uma maior interação dos idosos com os jovens.

Durante as atividades, os participantes estavam animados e curiosos sobre o que viria a seguir. Alguns aspectos observados foram a falta de interação e cooperação entre eles e certa resistência ao novo e à prática de exercícios físicos.

Adultos que participaram das atividades se interessaram bastante. A intenção é que estes dêem continuidade ao trabalho iniciado. Evitar o sedentarismo é algo importantíssimo para idosos, inclusive como forma de prevenção de doenças.

Cultura recheada de surpresas

Por Angélica Monteiro e Thaís Malva
Salgado/Sergipe


As rondonistas de Salgado perceberam que a cultura sergipana e nordestina em geral tem muito a oferecer. Tiveram a experiência de provar comidas típicas muito saborosas e assistir a apresentações belíssimas de quadrilhas da região, como a do grupo salgadense Balanço Nordestino, com duração de cerca de 25 minutos.

Formado por 48 pessoas, o grupo existe há mais de três anos e já participou de importantes concursos de quadrilha nordestinos, entre eles o de Sergipe, em junho. O Balanço ficou em terceiro lugar na competição.

Nas danças, principalmente, a cultura regional é muito marcante. A dedicação, o entusiasmo e a organização das apresentações lembram a magnitude de uma escola de samba. Nem parece a quadrilha brasiliense. Não fosse o casamento, seriam duas danças completamente diferentes. Mas, além da noiva, Lampião e Maria Bonita são presenças obrigatórias.

Confira um trecho da apresentação do Balanço Nordestino.


Entrevista

Por Marcela Heitor
Salgado/Sergipe

Vários motivos levam um universitário a participar do Projeto Rondon: a oportunidade de levar a campo os conhecimentos da graduação, a possibilidade de descobrir novas realidades, a vontade de explorar "brasis" desconhecidos. Mas o que leva um militar a escolher, como voluntário, o trabalho no Rondon? "Queria sair da rotina do quartel e conhecer melhor a região de Sergipe", conta o sargento Thiago Silvino, do 28 Batalhão dos Caçadores de Aracaju e, há uma semana, militar que acompanha a equipe de rondonistas da UnB em Salgado. Foi ele quem teve a sorte (ou o azar) de passar 15 dias de operação com uma equipe 100% feminina. Silvino falou sobre os problemas e as alegrias desse convívio intenso com oito mulheres, do que significa o Rondon para ele e de como avalia as atividades da equipe no município.

Como é a preparação para o Rondon dentro do quartel?
Silvino: Os militares que acompanham os rondonistas são voluntários. Um mês antes da viagem, os sargentos interessados se inscrevem para as operações, para trabalhar como "anjos". Depois de selecionados, viajam para conhecer os municípios que receberão as equipes e melhor orientar os rondonistas sobre as condições da região. A equipe mesmo, a gente conhece só no dia do embarque para a cidade do Rondon.

Como você imaginava que funcionava o Rondon antes de participar de uma operação?
Silvino: Essa é a primeira vez que trabalho com rondonistas. Antes, eu achava que o projeto se resumia a alunos de capitais conhecendo culturas diferentes, realidades da periferia. Hoje eu vejo que é algo que vai além disso. É um projeto em que universitários conhecem, de fato, outras culturas, mas também desenvolvem um trabalho social. E pra mim está sendo muito válido, não como militar, mas como pessoa. Cada povoado te ensina uma coisa.

Você trabalha com uma equipe de oito rondonistas. É um convívio muito diferente do quartel. Qual a principal diferença de trabalhar com homens e mulheres?
Silvino: Conviver com tanta mulher junta por 15 dias não é algo tão fora do comum assim. Mas tem diferença realmente. Papo de mulher é mais interessante que o dos homens. Elas falam demais, é verdade, mas geralmente tratam de assuntos diversos, não são tão previsíveis quanto as rodas masculinas.

E como avalia o trabalho das rondonistas em Salgado?
Silvino: As meninas estão fazendo ótimas oficinas. Cada uma é muito boa no que faz e, como são excelentes profissionais, fica bem mais fácil "cuidar" delas. Eu e as professoras estamos tendo pouco trabalho, porque a equipe já é muito disciplinada e engajada. Ainda bem, porque a população de Salgado é muito necessitada de todo tipo de instrução.

22.7.08

Oficinas a todo vapor em Calçoene

Por Equipe de Calçoene/Amapá



Essas são as fotos das oficinas Coleta Seletiva, Destinos do Lixo, Drogas e Sexualidade na operação do Rondon no Amapá. Durante as atividades, os rondonistas e a comunidade discutem a importância das temáticas e adaptam os assuntos à realidade da região. É feito o reconhecimento do livro da escola onde as oficinas são desenvolvidas, por exemplo.